Parte da dissertação de Mestrado do autor deste blog, James Cantarelli, enfocou o estudo da flora da restinga da praia de Guadalupe. A área alvo deste estudo possui cerca de 55ha e está localizada no município de Sirinhaém.
A área apresentou três tipos fisionômicos: o fruticeto não inundável, o fruticeto inundável e o campo não inundável. Foram identificadas 124 espécies, 105 gêneros e 57 famílias. As famílias mais representativas foram: Myrtaceae (11 spp), Fabaceae (10), Cyperaceae (6), Rubiaceae (6), Euphorbiaceae (5), Malpighiaceae (5), Poaceae (5), Orchidaceae (4), Solanaceae (4), Asteraceae (3), Humiriaceae (3), Lauraceae (3) e Melastomataceae (3).
No presente estudo não foram registradas espécies endêmicas, todavia, as espécies Gaylussacia brasiliensis, Hymenolobium alagoanum, Melocactus violaceus e Sauvagesia tenella foram exclusivas dessa restinga, em relação a outras restingas pernambucanas.
Os tipos fisionômicos apresentaram diferenças florísticas e de riqueza de espécies influenciadas por fatores como a variação de fertilidade do solo e regime de inundação. Em outras restingas do litoral sul de Pernambuco, esses fatores também preponderam sobre a composição florística.
Da mesma forma que outras restingas do nordeste brasileiro, a restinga de Guadalupe está submetida a intensa pressão antrópica, necessitando, portanto, de ações de conservação diante da riqueza de espécies vegetais registradas na área
Visão geral do campo de restinga da praia de Guadalupe.
Gaylussacia brasiliensis
Melocactus violaceus
Para acessar o texto do artigo por completo visite: Tipos fitofisionômicos e florística da restinga da APA de Guadalupe, Pernambuco, Brasil